quinta-feira, 17 de abril de 2014

70.º Aniversário de José Couto



E a história continua na celebração dos 70 anos de José Toste do Couto...

Sim, o almoço era sempre, durante a semana, na casa do Sr. António e da D. Maria, desde que José Cardoso levou José para trabalhar em Nova Iguaçu no Rio de Janeiro, num açougue que lá tinha chamado Açougue Central, na Marechal Floreano Peixoto, onde pernoitava num quarto nos fundos.

Curiosamente conheceu Helena no Brasil, ela que também era natural da Ribeira Seca, São Sebastião, na ilha Terceira. Conheceu-a através do irmão dela Domingos, que trabalhando no mesmo talho que José o convidava para ir almoçar a casa deles ao Domingo, após fecharem o açougue as 12h e das limpezas de rotina.

Helena vivia com a sua mãe Maria e os seus irmãos Domingos, Aniceta, Almedina, Maria Utilde e José, na Rua Alfredo Ludolfo. A casa ficava a uns dez minutos a pé do açougue Central.

António Nunes fomentou o namoro entre Helena e José que vieram a casar 6 anos depois em 1970, no dia 6 de Junho.

Entretanto José Cardoso comprou outro açougue para José e António Nunes Filho, chamado Açougue Social de Nova Iguaçu na Rua Nilo Peçanha, n.º 49. Como António estava a estudar medicina na faculdade do estado de Vitória do Espírito Santo, o talho ficava supervisionado quase sempre por José, e quando este vinha à ilha Terceira o Sr. António pai tomava conta do negócio.

Antes de casar José só regressou à terra natal uma vez, durante 2 ou 3 meses, acompanhado do futuro cunhado Domingos. Foram também fazer uma viagem pelas ilhas do Pico, São Jorge e Faial via embarcação Terra Alta, visitaram em São Jorge, na Beira, um irmão de um amigo que estava no Brasil, José Pereira Soares que lhes ofereceu um grande queijo de São Jorge. No Pico assistiram às festas da Madalena.

O casamento entre José e Helena ocorreu na Catedral de Santo António de Jacutinga, no dia 6 de Junho de 1970, tendo como testemunhas do casamento José Cardoso, Rita Romeiro, Domingos Toste e Luzia Toste. A boda foi na casa da Aniceta e de Luís Amaro, durando 3 dias. A lua-de-mel foi em Poços de Caldas no Estado de São Paulo, durante uma semana. Quem os levou de carro foi Jorge Guela, um dos fornecedores de carne do açougue.

Foram viver para um apartamento na Rua Santos Drummond, actual Rua Dr. Mário Guimarães, n.º 370, apto. 105 em Nova Iguaçu. Os seus filhos Francisco (1971) e Cristiane (1973) lá tiveram o seu primeiro lar, tendo nascido na Maternidade Nossa Senhora de Fátima, tendo sido o assistente de parto Dr. Pedro Arume.

José e família visitavam a Terceira com alguma regularidade, matando saudades e passeando pela ilha.

Posteriormente, devido a um interregno forçado no Açougue Social por motivo de obras no prédio, José foi procurar outro local para se instalar. Chamou para sócio Francisco Diniz e nomearam-no de açougue Palácio das Carnes, na Rua 13 de Maio, n.º 205 em Nova Iguaçu. Foi um açougue muito bem sucedido, tendo tido à volta de 20 funcionários, chegando a vender no fim-de-semana trinta bois, o equivalente a 120 quartos de carne. O gado vinha do interior de comboio até aos matadouros do Rio de Janeiro, como São João de Miriti, Nilópolis, Penha, Gramacho e outros, onde era morto o gado e logo depois distribuído pelos talhos.

O açougue Social voltou ao ativo entretanto, e José levava os dois açougues com a ajuda do sobrinho Laurénio no Social.

José mais tarde adquiriu um açougue em Belford Roxo, tendo feito sociedade com João Lourenço Martins, seu cunhado, sendo localizado na Rua Rocha Carvalho, que comprou posteriormente, demoliu, reconstruiu e ampliou em dois anos (de 1976 a 1978).

Por cima desse açougue viveram por algum tempo a sua mãe Emília Mendes Toste, o pai Francisco Romeiro do Couto, a sua irmã Rosa e o seu cunhado João. A sua mãe adaptou-se perfeitamente ao novo país e gostava imenso de viver no Brasil, mas por motivos de doença do marido teve de regressar à ilha de origem.

José e família terão regressado, para ficar na Terceira em 1978, por razões de segurança primordialmente. 
Foi assaltado por duas vezes nos açougues, a primeira vez no Palácio das Carnes, ao anoitecer antes do fecho, assalto elaborado por 3 ou 4 indivíduos violentos e armados, José foi empurrado e caiu, um tiro foi disparado, pensando José que tinha sido atingido tal foi o som e impacto do disparo. O segundo assalto foi no açougue Social de Nova Iguaçu, já depois de ter fechado, confundiram um funcionário com Laurénio e espancaram-no para abrir o cofre, mas realmente ele não sabia a chave…

José voltou à ilha com 34 anos, procurou lugar para habitar. Inicialmente adquiriu uma casa no Caminho de Baixo de São Carlos por 700 contos, mas depois preferiu comprar a sua actual habitação na Rua Capitão João Ávila, em São Pedro, que lhe custou 3.750 contos.
Continua...

Helena de Fátima Toste do Couto










quarta-feira, 16 de abril de 2014

Feliz Aniversário a José Couto! :-)

    Bolo por Rainbow Cakes

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Praia de Copacabana













Praia de Copacabana em tempos...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Aniversário José Couto | proprietário Copacabana

Neste dia, José Toste do Couto, proprietário do Copacabana, faz o seu 65.º aniversário.
Como forma de festejar este dia, em blogue, deixamos aqui uma parte da sua biografia que terá seguimento de futuro.
José Toste do Couto nasce a 16 de Abril de 1944, na ilha Terceira, freguesia de São Sebastião, no Largo do Paço, n.º7, no primeiro domingo depois da Páscoa.
Aos sete anos de idade ingressa na escola primária, aprendendo no primeiro dia a escrever o seu nome ensinado pela Prof.ª Maria Leitão. Terminada a 4.ª classe não prossegue os estudos, sendo que durante o tempo que frequenta a escola e após esse período, sempre acompanhou os pais nos trabalhos agrícolas.
A distribuição de panfletos com a programação dos cinemas para a freguesia, é uma das actividades que tem por volta dos quinze anos. Recolhia-os na mercearia do Sr. Manduca (ainda vivo) e distribuía pela freguesia em troca de poder visionar os filmes promovidos por Marcelo Pamplona. Lembra-se de assistir a dramas italianos e brasileiros, tais como Absolutamente Certo e Sinhá-Moça entre outros, os quais despertaram o seu interesse por novos mundos, pela possibilidade de Emigrar...
Entre a hipótese de se voluntariar para o Exército ou emigrar, a última solução pareceu mais do agrado da família tendo em conta a situação militar na altura. Os seus pais, Emília Mendes Toste e Francisco Romeiro do Couto, levaram a que desistisse do alistamento militar. A decisão foi tomada.
A 30 de Outubro de 1963, com uma mala de viagem e 200 escudos na algibeira, José zarpa pelas 20h00 do Páteo d'Alfândega, no navio Funchal... o conhecido dia de "São Vapor". A viagem marítima teve paragens em Ponta Delgada e Funchal, culminando em Lisboa. Chegado a Lisboa, onde fica hospedado na Pensão Dona Estefânia, trata da restante documentação necessária.
No dia 5 de Novembro, pela noite, segue para o Brasil num avião da Panair fazendo escala na ilha do Sal de Cabo Verde e em Recife, onde fez a sua primeira refeição brasileira, no aeroporto, camarão e suco de abacaxi e o calor já se fazia sentir.
Chega ao Rio de Janeiro dia 6 de Novembro, no aeroporto Galeão (actualmente António Carlos Jobim) sem ninguém à espera, apanha um táxi, "um Ford antigo", que o leva até à Rua Bamburé em Del Castilho, à casa do Sr. Luis Paim e esposa Leontina Martins. É muito bem recebido e lá permanece por dois meses.
Inicia logo o trabalho no açougue do Sr. Luís e do seu sócio Francisco Morais, do qual trazia da Terceira um contrato de trabalho que lhe permitiu a emigração.
José desconhecia por completo a actvidade de talhante mas aprendeu a arte em dois meses mais ajudado pelo Sr. Francisco, que ainda é vivo e residente no Brasil. Em Janeiro de 1964 começa a trabalhar no Açougue Social de Ramos, junto à Estação de Ramos, na Rua Uranos, n.º 1045, sendo os proprietários José Cardoso Romeiro e Francisco Romeiro Dinis. A noite era passada "nos fundos do açougue 596", na Rua Cardoso de Morais. "À noite chegava a carne, segundas, quartas e sextas-feiras, pelas 2 ou 3 horas da manhã", José controlava o estado e o peso da carne e guardava nas câmaras frigoríficas para os quatro talhos destes proprietários localizados na Estação de Ramos. Muitas vezes, José era convidado a almoçar aos domingos na casa de Chico Alegre, natural da Ribeirinha... "normalmente um cozido à portuguesa para atenuar as saudades"... "A Dona Glória fazia o comer para todo o pessoal que trabalhava nestes açougues, pequeno almoço, almoço e jantar." Passados três meses é convidado por José Cardoso para ir trabalhar para outro talho de que também era sócio com o sogro, António Sousa Nunes: Açougue Central, localizado na Rua Marechal Floriano Peixoto, junto à Estação de Nova Iguaçu, onde pernoitava também nos fundos do edifício. Permanece neste talho até Junho de 1965. O almoço era sempre em casa do Sr. António e da esposa D. Maria até se casar com Helena de Fátima Toste do Couto.
Continua...
Pais José Toste do Couto: Emília Mendes Toste e Francisco Romeiro Couto












Primeiros anos no Brasil




































































domingo, 5 de abril de 2009

Abertura Blogue

A Gerência do Café Copacabana quis dar início a este blogue com uma letra do Tom Jobim que tem como tema central exactamente Copacabana, lugar e praia.
Este blogue para além de promover e publicitar o Café "em frente aos correios", em Angra do Heroísmo, e de divulgar informações úteis, também publicará curiosidades, imagens, histórias de Copacabana no Rio de Janeiro.
Esperamos que apreciem toda a panóplia de informação que será disponibilizada relativamente aos nossos pratos do dia, menus e produtos, e que possam aprender mais do local que deu origem ao nome do nosso estabelecimento...aguardamos a vossa visita!


"Copacabana" por Tom Jobim

Existem praias tão lindas cheias de luz
Nenhuma tem o encanto que tu possuis
Tuas areias, teu céu tão lindo
Tuas sereias sempre sorrindo
Copacabana princezinha do mar
Pelas manhãs tu és a vida a cantar
E á tardinha o sol poente
Deixa sempre uma saudade na gente
Copacabana o mar eterno cantor
Ao te beijar ficou perdido de amor
E hoje vive a murmurar só a ti
Copacabana eu hei-de amar